Diário do Poder
– O que o levou a pedir a cassação do diploma da governadora Roseana?
José Reinaldo Tavares – Em 2010, ano da eleição, houve
uma quantidade imensa de convênios celebrados no mês da convenção do partido.
Foram R$ 391 milhões transferidos em 970 convênios. A convenção foi no dia 24
de junho e a maior concentração foi nos três dias anteriores.
Diário do Poder – Como
funcionava?
Tavares – Para você ter uma ideia, no ano de 2010, foram
celebrados convênios num total de R$ 413 milhões, mas só no mês de junho, foram
R$ 391 milhões. Os convênios eram assinados, publicados, o dinheiro ia para a
conta e sacado em espécie em dois dias. É um exemplo de eficiência para todos
os governantes. Ela ainda iniciou um programa de R$ 130 milhões para trocar a
cobertura das casas de taipa por telhas no ano da eleição. Isso é proibido! Um
programa que já existe pode ser mantido, mas não pode iniciar um novo.
Diáriodo Poder – Qual a sua expectativa
pela resolução desse imbróglio?
Tavares – Já demorou demais. Eu entreguei, inicialmente,
para o ministro Arnaldo Versiani e eles tentaram atrasar o processo de todo
jeito. Apresentaram seis recursos preliminares, mas são apenas medidas
protelatórias e não adiantou. Outra manobra deles foi a escolha da nova
relatora. Eles acharam que a ministra Luciana Lóssio ia demorar uns dois meses
para se declarar impossibilitada. Ela foi advogada da Roseana e devolveu o
recurso na mesma hora. O desgaste está muito grande. Acho que deve estar tudo
resolvido até o final do ano.
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