terça-feira, 13 de agosto de 2013

Parecer de Roberto Gurgel deve acelerar cassação de Roseana

O diploma de governadora do Maranhão de Roseana Sarney deve ser cassado ainda este ano. Essa é a expectativa do autor do recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Reinaldo Tavares. Em entrevista exclusiva ao Diário do Poder, Tavares confirmou que houve uma quantidade imensa de convênios no mês da convenção do partido de Roseana. Confira a íntegra da conversa.
Diário do Poder – O que o levou a pedir a cassação do diploma da governadora Roseana?
José Reinaldo Tavares – Em 2010, ano da eleição, houve uma quantidade imensa de convênios celebrados no mês da convenção do partido. Foram R$ 391 milhões transferidos em 970 convênios. A convenção foi no dia 24 de junho e a maior concentração foi nos três dias anteriores.
Diário do Poder – Como funcionava?
Tavares – Para você ter uma ideia, no ano de 2010, foram celebrados convênios num total de R$ 413 milhões, mas só no mês de junho, foram R$ 391 milhões. Os convênios eram assinados, publicados, o dinheiro ia para a conta e sacado em espécie em dois dias. É um exemplo de eficiência para todos os governantes. Ela ainda iniciou um programa de R$ 130 milhões para trocar a cobertura das casas de taipa por telhas no ano da eleição. Isso é proibido! Um programa que já existe pode ser mantido, mas não pode iniciar um novo.
 Diáriodo Poder – Qual a sua expectativa pela resolução desse imbróglio?
Tavares – Já demorou demais. Eu entreguei, inicialmente, para o ministro Arnaldo Versiani e eles tentaram atrasar o processo de todo jeito. Apresentaram seis recursos preliminares, mas são apenas medidas protelatórias e não adiantou. Outra manobra deles foi a escolha da nova relatora. Eles acharam que a ministra Luciana Lóssio ia demorar uns dois meses para se declarar impossibilitada. Ela foi advogada da Roseana e devolveu o recurso na mesma hora. O desgaste está muito grande. Acho que deve estar tudo resolvido até o final do ano.

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