quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ronaldinho não joga mais pelo Flamengo



O fim da era Ronaldinho Gaúcho no Flamengo chegou. 

Na manhã desta quinta-feira, o meia-atacante entrou na Justiça contra o clube rubro-negro por causa de vencimentos atrasados, conseguiu uma liminar na 9ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro e estará livre para assinar com outro time. 

A advogada Gislaine Nunes está ao lado do melhor do mundo de 2004 e 2005 na ação.

- O Ronaldinho não é mais jogador do Flamengo, o contrato dele foi rescindido judicialmente. Com relação a valores, eu não posso falar por conta do segredo de Justiça. A liminar não diz nada com relação a valores. O Flamengo já está sabendo: meia hora antes de eu ir lá a liminar já estava com o clube", explicou a advogada ao canal 'SporTV'. 

- Agora nós estamos cobrando valores altíssimos para fazer isso, valores milionários e valores que o atleta tem direito por força de contrato".

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Perdôa o Lula, ele não sabe o que fala



Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. 

Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida nesta terça-feira, 29, com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e dez minutos, no Planalto. 

Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Lula, sem querer, complicou a "cumpanheirada"



Os detalhes da conversa entre Lula e o ministro Gilmar Mendes, já do conhecimento da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, consolidam a impressão de comportamento inapropriado do ex-presidente.

O jurista Flávio Pansieri, da Academia Brasileira de Direito Constitucional, foi mais além: diz que Lula cometeu um crime e essa “afronta” deveria motivar ação do Ministério Público Federal na Justiça.

Uma coisa acho que todo mundo concorda: o ato do Lula ajudará muito  esta bandidagem a ser julgada mais rapidamente e com rigor.

Outra coisa:


O ex-presidente Lula ficou surpreso e desconsertado porque esperava que Gilmar Mendes estivesse acuado, com medo, e não foi o que viu.

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A indecência de Lula, Gilmar e Jobim



Era Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o mensalão será julgado. O escritório de Jobim funciona no apartamento onde ele mora, em Brasília.

“É inconveniente julgar esse processo agora”, disse Lula a Gilmar depois dos cumprimentos de praxe. São 36 réus. Lula contou que José Dirceu “está desesperado”.

Mensaleiros como José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério e Duda Mendonça também estão. Foram advertidos por seus advogados sobre a forte possibilidade de serem condenados e presos.

“Não tem como adiar o julgamento?”, perguntou Lula. “Se for adiado, o Supremo sofrerá um desgaste profundo”, argumentou Gilmar.

Foi aí que Lula comentou que tem o controle político da CPI do Cachoeira. E ofereceu proteção a Gilmar. “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, revelou Gilmar ao Procurador Geral da República, ao Advogado Geral da União, ao colega Ayres Britto, presidente do STF, e à VEJA.

O constrangimento de Gilmar não inibiu Lula. “E a viagem a Berlim?”, ele perguntou. Corre em Brasília a história de que os casais Gilmar Mendes e Demóstenes Torres teriam viajado para Berlim com as despesas pagas por Cachoeira. Gilmar confirmou a viagem. Mas respondeu que pagara as próprias despesas.
“Viajei com o Demóstenes que eu e o senhor conhecíamos antes”, justificou-se. Em seguida, bateu na perna de Lula e aconselhou: “Vá fundo na CPI”.

Gilmar ainda ouviu Lula dizer que encarregaria Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF, de convencer a ministra Carmem Lúcia a atrasar o julgamento. Pertence indicou Carmem para o STF.

“Vou falar com Pertence para cuidar dela”, antecipou Lula, preocupado com a situação de Ricardo Lewandowski, lembrado por dona Marisa para a vaga que hoje ocupa no STF. Amigo da família da ex-primeira-dama, Lewandowski é o ministro encarregado de revisar o processo do mensalão relatado por seu colega Joaquim Barbosa.

“Ele (Lewandowski) só iria apresentar o relatório no semestre que vem, mas está sofrendo muita pressão [para antecipar]“, queixou-se Lula.

Joaquim Barbosa foi chamado por Lula de “complexado”. Lula ainda se referiu a outro ministro – José Dias Toffoli, ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil.

“Eu disse a Toffoli que ele tem que participar do julgamento”, avançou Lula para quem o julgamento do mensalão só em 2013 evitaria que ele fosse contaminado por “disputas políticas”.
O que Lula não disse: nesse caso, os ministros Ayres Britto e Cezar Peluso estariam aposentados. Os dois devem votar pela condenação de alguns réus.

Gilmar errou ao ir ao encontro de Lula. Ministro pode receber advogados, ouvir seus argumentos, mas é só.

Lula acha que o julgamento do mensalão equivale ao julgamento do seu governo por isso errou gravemente ao pressionar um juiz.

Foi indecente e escandaloso o episódio que ele e Gilmar e Jobim protagonizaram.

Publicado no Blog de Noblat, hoje, 28/05/2012

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Lula, tá demente ou é atrevido mesmo?

Ministro Celso de Mello


O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, criticou duramente o comportamento do ex-presidente Lula, que pressionou o ministro Gilmar Mendes a ajudar a adiar o julgamento do mensalão, e em troca ofereceu "blindagem" do magistrado na CPI do Cachoeira.

 - Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível de impeachment por configurar infração político-administrativa, em que um chefe de poder tenta interferir em outro. 

 - É um episódio anômalo na história do STF. 

A forte declaração do ministro foi divulgada pelo site Consultor Jurídico. Tanto Celso de Mello quanto o ministro Marco Aurélio classificaram o episódio como “espantoso”, “inimaginável” e “inqualificável”.

 Para Celso de Mello, “a conduta do ex-presidente da República, se confirmada, constituirá lamentável expressão de grave desconhecimento das instituições republicanas e de seu regular funcionamento no âmbito do Estado Democrático de Direito. 

O episódio revela um comportamento eticamente censurável, politicamente atrevido e juridicamente ilegítimo”. O ministro Celso de Mello lamentou a investida. 

- Tentar interferir dessa maneira em um julgamento do STF é inaceitável e indecoroso. Rompe todos os limites da ética. Seria assim para qualquer cidadão, mas mais grave quando se trata da figura de um presidente da República. Ele mostrou desconhecer a posição de absoluta independência dos ministros do STF no desempenho de suas funções, disse o decano do Supremo.

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