Troca de mensagens por celular flagrada nesta quinta-feira,
17, pelo SBT, durante reunião da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, mostra que os petistas resolveram
blindar o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O PT está decidido a poupar
Cabral, mesmo depois de o PMDB não ter apoiado o requerimento do ex-presidente
Fernando Collor que pedia à Polícia Federal as gravações telefônicas das
conversas entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com
o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal da revista Veja, em Brasília
"A relação com o PMDB vai
azedar. Mas não se preocupe. Você é nosso e nós somos teu (sic)", escreveu
o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo, para Sérgio Cabral.
A imagem da mensagem foi gravada. Na sessão administrativa desta quinta, o PMDB
se recusou a apoiar o requerimento de Collor. Já os petistas foram claramente
favoráveis a "investigar essa relação promíscua entre uma quadrilha e um
jornalista".
Ao final da sessão da CPI, um
petista alertou que o PMDB não pode adotar a tática de "dar às costas aos
demais aliados". O PT evitou que o proprietário da Delta Construções,
Fernando Cavendish, que tem ligações estreita com Cabral, fosse convocado para
depor na CPI. A Delta nacional também foi poupada e não teve seus sigilos
fiscal, bancário e telefônico da empreiteira.
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