Governistas e oposição vão travar nesta quarta-feira, 2, sua
primeira grande batalha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira
com um novo personagem no epicentro da luta política, até a semana passada
restrita a petistas e tucanos, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
(PMDB). Ele é mais um chefe de Executivo estadual a ter o nome envolvido no
esquema de contravenção e o terceiro a entrar na mira da comissão parlamentar.
Na
sessão marcada para às 10h30 os integrantes da comissão irão receber os 40
volumes do inquérito que investigou o esquema do contraventor e suas ligações
com agentes públicos e privados. PMDB e PT pretendem fazer de tudo para blindar
Cabral e Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e evitar que sejam convocados a
depor na CPI a respeito de supostas ligações com o contraventor Carlinhos
Cachoeira e o empresário Fernando Cavendish, que se afastou na semana passada
da direção da Delta Construções S.A.
Ao
mesmo tempo, o PT defende a convocação do governador de Goiás, o tucano Marconi
Perilo, sob o argumento de que os grampos feitos pela Polícia Federal na
Operação Monte Carlo escancararam as ligações dele com Carlinhos Cachoeira.
"Não quero fazer prejulgamentos, mas todas as conversas gravadas pela PF e
que envolvem o governador Marconi Perillo apontam para uma séria relação dele
com o bando do Cachoeira", disse ao Estado o líder do PT na Câmara, Jilmar
Tatto (SP). "É muito diferente do que ocorreu com o governador Agnelo, que
é vítima da organização criminosa."
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