Ministro Celso de Mello |
O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal
Federal, criticou duramente o comportamento do ex-presidente Lula, que
pressionou o ministro Gilmar Mendes a ajudar a adiar o julgamento do mensalão,
e em troca ofereceu "blindagem" do magistrado na CPI do Cachoeira.
- Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível de
impeachment por configurar infração político-administrativa, em que um chefe de
poder tenta interferir em outro.
- É um episódio anômalo na
história do STF.
A forte declaração do ministro foi divulgada pelo site Consultor
Jurídico. Tanto Celso de Mello quanto o ministro Marco Aurélio classificaram o episódio
como “espantoso”, “inimaginável” e “inqualificável”.
Para Celso de Mello, “a
conduta do ex-presidente da República, se confirmada, constituirá lamentável
expressão de grave desconhecimento das instituições republicanas e de seu
regular funcionamento no âmbito do Estado Democrático de Direito.
O episódio
revela um comportamento eticamente censurável, politicamente atrevido e
juridicamente ilegítimo”. O ministro Celso de Mello lamentou a
investida.
- Tentar interferir dessa maneira em um julgamento do STF é
inaceitável e indecoroso. Rompe todos os limites da ética. Seria assim para
qualquer cidadão, mas mais grave quando se trata da figura de um presidente da
República. Ele mostrou desconhecer a posição de absoluta independência dos
ministros do STF no desempenho de suas funções, disse o decano do Supremo.
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