Se é para rí ou chorar, não sei.
Agora que é cachorrada pura, isto é!
Leia esta matéria de O GLOBO:
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, numa sessão meteórica, de pouco mais de três minutos, aprovou, na manhã de ontem, 118 projetos. O deputado Luiz Couto (PT-PB), o único presente, foi chamado com urgência à comissão para ter, pelo menos, um parlamentar no plenário da CCJ. Quem presidiu a sessão foi o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente.
Quando Couto chegou, Colnago declarou:
- Havendo número regimental, declaro aberta a reunião.
Para abrir uma sessão na CCJ, a mais numerosa e mais importante da Câmara, são necessárias assinaturas de 36 deputados. Esse quórum existia, mas todos assinaram e foram embora, como ocorre às quintas-feiras.Os projetos foram votados em quatro blocos: de 38 (concessão de radiodifusão), de 9 (projetos de lei), de 65 (renovação de concessão de radiodifusão) e de 6 (acordos internacionais).
A cada rodada de votação, Colnago consultava o plenário, como se estivesse lotado:
- Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram.
Sentado na primeira fileira, Luiz Couto nem se mexia. Em outro momento, Colnago fez outra consulta ao plenário da Câmara:
- Em discussão. Não havendo quem queira discutir, em votação. Aprovado!
Declarada encerrada a sessão, o deputado do PSDB dirigiu-se a Couto:
- Um coroinha com um padre, podia dar o quê?!
Couto é padre, e Colnago revelou ter sido coroinha na infância. A secretária da CCJ também fez um comentário:
- Votamos 118 projetos!
E Colnago continuou, falando com Couto:
- Depois dizem que a oposição não ajuda.
Ainda tem gente que acha que este país é bem administrado.
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