Diante do alerta
do Palácio do Planalto sobre os riscos de desgaste do governo, tomou corpo no
Congresso, com ajuda da base aliada, uma “operação abafa” na Comissão
Parlamentar de Inquérito do Cachoeira, a ser instalada nos próximos dias.
Uma
das estratégias é poupar políticos de diversos partidos citados na Operação
Monte Carlo da Polícia Federal, que levou à prisão o contraventor Carlinhos
Cachoeira.
Ficariam fora do
radar deputados flagrados em escutas com integrantes do esquema, os
governadores petista Agnelo Queiroz (DF) e o tucano Marconi Perillo (GO), além
do ex-ministro José Dirceu. A única exceção seria o senador Demóstenes Torres
(sem partido-GO), que teve 298 conversas telefônicas com Cachoeira grampeadas
pela PF nos últimos três anos. O senador está sendo investigado também pelo
Conselho de Ética e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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