No Brasil pós-redemocratização, inaugurado em 1985, sempre que um presidente da República achou que poderia negligenciar o PMDB, deu-se mal. Quando a favor, a legenda provê estabilidade congressual. Contra, torna-se força desestabilizadora.
Sob José Sarney, um ex-apoiador da ditadura que se abrigou no PMDB para tornar-se vice de Tancredo Neves, Ulysses Guimarães funcionou como uma espécie de presidente paralelo. O partido deu as cartas no governo.
Na sucessão presidencial de 1989, Ulysses tentou trocar a pele de eminência parda pela de presidente de fato. Candidatou-se ao Planalto pelo PMDB. As urnas impuseram-lhe um vexame. Ele, então, mandou um recado a Lula: bastaria um telefonema para que subisse no palanque do PT.
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