Os oposicionistas PSDB e DEM uniram-se a um bloco suprapartidário de governistas sublevados. A banda rebelada inclui deputados ruralistas de pelo menos quatro legendas: PMDB, PP, PTB e PR.
Insurgem-se contra a tentativa do Planalto de adiar a votação do Código Florestal para depois da conferência ambiental Rio+20, a realizar-se em junho. Exigem que a deliberação ocorra bem antes disso, até o início de abril.
Os líderes das legendas que antes devotavam fidelidade a Dilma renderam-se às evidências. Alguns lavaram as mãos. Outros aderiram à revolta de suas respectivas bancadas.
O primeiro efeito do motim foi sentido nesta terça (20). Bloqueou-se a votação de outro projeto caro ao Executivo: a Lei Geral da Copa. Um acordo arredondou o texto, deixando-o em ponto de ser votado.
Arlindo Chinaglia (PT-SP), novo líder de Dilma na Câmara, tentou dissociar uma coisa (o Código) da outra (a Copa). Não colou. Se quisesse, o Planalto poderia ter esticado a corda. Porém, ficou claro que, na marra, arriscava-se a passar vexame.
Líder do DEM, o deputado ACM Neto resumiu a cena: “O governo não tem maioria para enfrentar a obstrução porque a base [governista] está dividida.” Não é um tipo de divisão que se resolva pelos métodos tradicionais.
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