quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Gilberto carvalho se agacha




O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, está na Câmara  para se reunir com a bancada evangélica.

Ele prometeu esclarecer suas recentes declarações sobre a necessidade de se travar uma “disputa ideológica” com os evangélicos.

Na última quinta (09/02), a bancada resolveu impedir as votações até que Carvalho fizesse uma retratação.

- Enquanto ele não fizer isso, todas as quintas-feiras nós vamos derrubar as sessões aqui - prometeu o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).

 Entenda o motivo da zanga da bancada evangélica:

No dia 27/01, durante sua participação no Fórum Social de Porto Alegre, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, falou sobre suas preocupações em relação a forma como os evangélicos conseguem controlar a classe C da população brasileira e já fala em planejar uma disputa ideológica com os líderes religiosos.

“É preciso fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes!”, disse ele que tem grande influencia no PT, entre os sindicalistas e outros setores. A ideia de Carvalho é criar uma mídia estatal para a classe C e assim poder controlar a ideologia da população emergente.

Tal mídia seria para disputar o público com os religiosos evangélicos já que eles conseguem controlar a visão dessa população referente aos projetos mais criticados do PT como descriminação do aborto, legalização das drogas, união civil de homossexuais e o projeto anti-homofobia que seria distribuído nas escolas públicas se a Bancada Evangélica não tivesse se posicionado contra.
Para o ministro essa parte da população que passou a ter mais acesso aos bens de consumo ainda é muito conservadora, o que impede que muitos projetos do PT sejam aceitos por esse grupo. Carvalho sabe que ao controlar os meios de comunicação os telepastores conseguem alcançar um maior número de pessoas e assim falar sobre assuntos diversos não só ligados à fé.

“Aí a necessidade importantíssima de uma disputa ideológica, de uma disputa de projeto frente a esse novo público que nos sabemos é um público homogenizado por setores conservadores. Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para o público que está emergindo”, disse ele.

Com informações Reinaldo Azevedo e O Globo

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