Os cirurgiões plásticos e suas guildas deveriam convocar um congresso da categoria para discutir os aspectos desastrosos de suas condutas diante das adversidades provocadas pelos implantes de mamas de silicone PIP (Poly Implant Prothèse).
Até abril de 2010, quando o uso dos implantes de PIP foi proibido pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, estima-se que 20 mil brasileiras passaram por esse tipo de cirurgia. Desde então, a Anvisa recebeu 39 queixas de ruptura dos implantes e 55 de outros efeitos adversos. Em todos os casos as reclamações vieram de pacientes. Não houve uma só notificação de médico.
A agência recebe anualmente 650 mil queixas de pacientes e apenas 200 notificações de profissionais. Essa disparidade resulta do ambiente promíscuo onde coabitam a indústria farmacêutica, médicos e hospitais.
Mesmo assim, no primeiro semestre de 2011 ocorreram 323 queixas relacionadas com a má qualidade de luvas de procedimentos.
A revendedora das próteses — EMI Importação e Distribuição — foi obrigada pela Justiça a pagar uma nova cirurgia e a troca da prótese.
Notificação do médico? Nem pensar. O silêncio persistiu ao longo de 2009 e 2010, quando o fabricante verificou que o índice de rompimento dos seus implantes oscilava entre 30% e 40%, e indenizou mais de uma centena de vítimas, na França.
Leia reportagem completa no Blog do NOBLAT
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