quarta-feira, 27 de abril de 2011

.............Disparada
















Em 1966, Geraldo Vandré venceu o II Festival de Música
Popular Brasileira da TV Record de São Paulo com a 
música  "Disparada", composta comTheo de Barros
e interpretada por Jair Rodrigues, pelo Trio Novo e pelo
Trio Maraia. "Disparada" empatou no festival com a
música "A Banda" de Chico Buarque de Holanda.
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Disparada
Geraldo Vandré/Theo de Barros

Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo

 Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar









Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

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Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei



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Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é
diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto prá enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar

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Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo
houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de
seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que
eu

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

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