Instituto de Perícia revê número de mortos: 234
O incêndio na Boate Kiss deixou 234 mortos, e não 231, como vinha sendo divulgado oficialmente até o momento. De acordo com a chefe da Regional de Santa Maria do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, Maria Ângela Zucchetto, desde o início houve um erro na lista divulgada pelas autoridades, na qual foram desconsiderados três nomes.
O incêndio na Boate Kiss deixou 234 mortos, e não 231, como vinha sendo divulgado oficialmente até o momento. De acordo com a chefe da Regional de Santa Maria do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, Maria Ângela Zucchetto, desde o início houve um erro na lista divulgada pelas autoridades, na qual foram desconsiderados três nomes.
"Nós
não tínhamos computador, cabo, nada. Tudo foi feito manualmente. Nós contamos
234 corpos e fizemos a identificação de todos, mas em algum momento do processo
esses três nomes não entraram na lista oficial", explicou a Maria Ângela.
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Banda que fazia show na boate Kiss diz que incêndio começou com pane elétrica
Em depoimento dado ao Ministério Público, integrantes da banda Gurizada
Fandangueira afirmaram que o incêndio que matou 231 pessoas na boate Kiss, em
Santa Maria (RS), na madrugada de domingo, 27, não foi causado por
sinalizadores manipulados por eles, mas sim por uma pane elétrica no
equipamento da boate.
"Eles dizem que o sinalizador era de fogo
frio, sem pólvora, que não poderia incendiar material algum. E que já haviam
usado isso em outras apresentações, inclusive na mesma boate", afirmou a
promotora Valeska Agostini, que cuida do caso com o promotor Joel Oliveira
Dutra. Por sua vez, os donos da boate afirmaram que não haviam autorizado
nenhuma apresentação pirotécnica no local.
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Vestindo camisetas brancas, carregando flores, balões e cartazes com os
nomes das vítimas da tragédia, cerca de 30 mil pessoas fizeram um passeata até
a boate Kiss, em Santa Maria, na noite desta segunda-feira, segundo a Polícia
Rodoviária Federal.
Os participantes se concentraram no fim da tarde na praça
Saldanha Marinho, no Centro, e foram até o local onde morreram mais de 230
pessoas. Os manifestantes fizeram preces, deram as mãos e se abraçaram.
-
Justiça! Justiça! Justiça! - gritaram pessoas em frente ao estabelecimento, que
ainda exalava um cheiro forte de queimado.
Durante o
percurso, a multidão andou em silêncio. O abatimento era a expressão de todos.
Cartazes e faixas homenageavam os mortos.
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MP suspeita de adulteração de provas
que causaram incêndio
que causaram incêndio
O Ministério Público
manifestou nesta segunda-feira, 28, suspeitas de que houve adulteração de
provas que comprovariam supostas irregularidades na boate Kiss, onde um
incêndio no domingo, 27, matou mais de 230 pessoas em Santa Maria, no interior
do Rio Grande do Sul. De acordo a Procuradoria, os proprietários da boate não
forneceram imagens das câmeras internas de segurança aos órgãos de investigação
e tampouco repassaram os registros do caixa registradora, que poderia comprovar
o número de pessoas que entraram no local durante a noite.
Segundo o depoimento de 17
testemunhas, além de imagens de vídeo e conclusão da perícia, deveriam haver
mais de 1,5 mil pessoas no local. A polícia afirma que a capacidade máxima
aprovada para a boate seria de apenas mil pessoas. Os promotores acham que
ainda não há evidências para responsabilizar agentes públicos, como fiscais da
Prefeitura, por exemplo, por permitir a realização da festa e o funcionamento
da casa.
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129 vítimas seguem internados
A
Secretaria Estadual da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul informou o número
atualizado de vítimas do incêndio da boate Kiss que seguem hospitalizados pelo
Rio Grande do Sul após o incêndio que atingiu a boate Kiss, em Santa Maria, na
madrugada de domingo. No total, 129 pacientes seguem internados: 76 em estado
grave e 53 em observação.
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Corpos de militares chegam ao Rio
Os corpos da capitã Daniele Dias de Mattos e do
primeiro-tenente Leonardo Machado de Lacerda, naturais do Rio de Janeiro,
mortos no incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foram
enviados para o Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira, em um vôo da TAM.
A capitã Daniele era médica e lotada no Hospital Central do Exército, em
Benfica, na capital fluminense, e estava de férias em Santa Maria desde o
início do mês. Já o tenente Lacerda tinha sido transferido para o 1º Regimento
de Carros de Combate, em Santa Maria.
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Corpo de paraguaio seguiu para Assunção
O corpo do paraguaio Guido Ramon Britez Burro, de 21
anos, foi levado na tarde desta segunda-feira para Assunção, onde o jovem será
velado e sepultado. O transporte foi feito por meio de um avião da Força Aérea
Brasileira (FAB), que decolou por volta das 15 horas no aeroporto Salgado
Filho. Guido foi uma das 231 vítimas do incêndio da boate Kiss, ocorrido na
madrugada de domingo. Ele era estudante de Zootecnia da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM) e foi o único intercambista morto na tragédia.
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Sonho acabado
A jovem Ana Paula Rodrigues, 21 anos, não tirava férias
desde 2010. O trabalho em um loja para crianças na cidade de Salto del Guairá,
no Paraguai, tomava o tempo e a dedicação da jovem, que tinha planos de cursar
Jornalismo ou Turismo em Santa Maria.
Ela viajou no dia 18, os quase 900 km que separam Mundo Novo (MS) e Santa Maria, com um casal de amigos, para São Sepé. No sábado, o grupo e mais dois amigos vieram para Santa Maria para ir à festa. Acabaria ali o sonho de Ana.
Ela viajou no dia 18, os quase 900 km que separam Mundo Novo (MS) e Santa Maria, com um casal de amigos, para São Sepé. No sábado, o grupo e mais dois amigos vieram para Santa Maria para ir à festa. Acabaria ali o sonho de Ana.
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Sofrimento de uma
mãe
O programa ‘Mais
você’ desta segunda-feira acompanhou o velório coletivo das vítimas do incêndio
na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ocorrido na madrugada do domingo. A
apresentadora Ana Maria Braga conversou com a dona de casa Elaine Gonçalves,
que tinha dois filhos na boate no momento do incêndio. Um deles morreu no
local, o outro está internado em estado grave em um hospital de Porto Alegre.
Elaine
contou, emocionada, que não pode acompanhar a transferência do filho Gustavo
para o hospital na capital porque estava velando Davis - o outro filho - no
Centro Desportivo Municipal. Inconformada, ela disse à apresnetadora que sempre
sonhara em participar do programa, mas não esperava que fosse nessas condições:
— É terrível,
é muito triste. Meus filhos saíram de casa bonitos, contentes, faceiros, os
dois irmãos juntos. Meu filho saiu para ir a uma festa e agora ele está aqui,
dentro de um caixão. Eu exijo justiça — disse ela no programa.
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Fotos
de algumas das vítimas do incêndio de Santa Maria, que tiveram suas vidas
tiradas, não apenas pela culpa dos proprietários da boate e músicos, mas principalmente
por culpa das autoridades que não cumprem com as suas obrigações e deveres de fiscalizarem e
coibirem o errado.
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