"Depois da decisão da direção nacional do PT, impondo autoritariamente a retirada da minha candidatura e a do atual prefeito (João da Costa), recolhi-me à reflexão", diz Maurício Rands, no seu primeiro pronunciamento depois do episódio das prévias que disputou, e perdeu, para o prefeito, em maio. Marcada por questionamentos, as prévias foram anuladas e uma nova chegou a ser marcada.
Rands atendeu à direção nacional e desistiu em prol do senador Humberto Costa. João da Costa resistiu, mas foi alijado pelo partido, que homologou o nome do senador embora a polêmica prévia tenha, posteriormente, sido considerada válida pela Justiça. Segundo Rands, que foi líder do PT na Câmara na gestão do presidente Lula, sua candidatura, nas prévias, buscou construir uma legítima renovação dentro do PT e da coligação da Frente Popular, aliada a uma luta pela "renovação de procedimentos com o objetivo de reforçar as práticas democráticas".
Porém, ao seu ver, "setores dominantes da direção nacional do PT" já tinham outro roteiro: "cometeram o grave equívoco de ter a pretensão de impor, a partir de São Paulo, um candidato à Frente Popular e ao povo do Recife". "Percebi terem sido infrutíferas e sem perspectivas minhas tentativas de afirmar a compreensão de que o ''como fazer'' é tão importante quanto os resultados", observou ele, ao lembrar que as divergências teriam ficado "mais claras e insuperáveis" depois do recente processo das prévias.
"Concluí que esgotei por inteiro minha motivação e a razão para continuar lutando por uma renovação no PT", diz ele, ao destacar que "no Recife e em outros lugares, infelizmente, têm prevalecido posições da direção nacional, adotadas autoritária e burocraticamente, distantes da realidade dos militantes na base partidária"
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